Junji Abe - Acionados por Junji e bancada do agronegócio, ministros buscam saída emergencial para greve dos caminhoneiros - Após reunião com Junji e parlamentares da bancada do agronegócio, Padilha e Marun estudarão com presidente Temer os meios de cessar a grave


Junji Abe
O deputado federal Junji Abe e parlamentares da bancada do agronegócio receberam dos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Carlos Marun, da Secretaria de Governo, a garantia de que uma reunião ministerial com o presidente Michel Temer, prevista para as próximas horas, trará as alternativas para a suspensão da greve dos caminhoneiros

Vivemos a tragédia anunciada. A categoria já vinha sofrendo com os baixos fretes diante dos custos altíssimos de combustível e manutenção dos veículos. Os aumentos semanais de preço do diesel completaram o processo da crise que vem do governo anterior. Caberá à atual administração solucionar o problema”, disse o deputado paulista, que participou do encontro no Palácio do Planalto, no final da tarde desta quarta-feira (23/05/2018).

Para retomar as atividades, os caminhoneiros reivindicam redução nos preços dos combustíveis e a garantia de que os aumentos não ocorrerão com a voracidade atual. 
O maior peso tributário provém do ICMS que é aplicado pelos estados. Na atual conjuntura, pontuou Padilha, é difícil convencer os governadores a abrirem mão de parte da arrecadação com o imposto.

Da parte do governo federal, é possível zerar sobre o diesel a Cide, tributo usado para regular o preço de combustíveis, em troca da da reoneração da folha de pagamento de alguns setores, como prevê projeto em análise no Congresso. 
Com o fim da cobrança da Cide, o governo abriria mão de cerca de R$ 2,5 bilhões de receita neste ano. Para cobrir a lacuna, entraria o dinheiro da reoneração.

Representantes de quase uma dezena de entidades ligadas aos caminhoneiros, presentes ao encontro, consideram muito pouco zerar apenas a Cide, porque baixaria o preço do combustível em cerca de        R$ 0,05
Eles queriam que os ministros apresentassem medidas concretas a serem submetidas à categoria ainda nesta quarta-feira. Saíram de mãos vazias.

Para baixar a alíquota do PIS/Cofins, o governo teria de encontrar meios de efetivar a evasão de receita sem ferir a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Este tributo, junto com a Cide, responde por 16% do preço da gasolina e 13% do diesel. “Não adianta só aprovar a medida no Congresso. Como parlamentares, vocês sabem melhor que ninguém que conceder isenção ou redução de tributo implica ter compensação financeira capaz de respeitar a LRF”, observou Marun, acrescentando que o governo herdou as finanças públicas sem potencial para manobras do gênero. 

Junji voltou a afirmar que é preciso encontrar meios de desatrelar a política de preços dos combustíveis do câmbio, porque isso faz os valores dispararem, em função da desvalorização do real frente ao dólar
Os ministros prometeram empenhar todos os esforços para encontrar alternativas capazes de interromper a greve. 
“A população, o País e os setores produtivos não suportarão mais tempo!”, alertou o deputado.

Para agravar a situação dramática do País, decorrente da greve dos caminhoneiros, Junji lembrou que quase a totalidade das cargas são transportadas pelo modal rodoviário
  
“Se, ao longo do tempo, o poder público tivesse resgatado as ferrovias, viabilizando os deslocamentos pelos trilhos, os mais indicados para nossas dimensões continentais, o caos não estaria instalado com o desabastecimento generalizado e as cadeias produtivas massacradas”, alinhavou ele que fez um contundente discurso na Comissão de Agricultura da Câmara, na manhã desta quarta (23). 



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Mel Tominaga
Jornalista - MTb 21.286
Fone: (11) 99266-7924

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