Junji Abe - Junji conclama combate às notícias falsas - Em um show de conhecimento, deputado marca posição invocando esforços conjuntos para debelar boataria de que defensivo agrícola é veneno e derrubar tributação sobre hortícolas minimamente processados

O deputado federal Junji Abe (MDB-SP) surpreendeu os integrantes da Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural  da Câmara dos Deputados que não o conheciam do mandato anterior. 

Com um show de conhecimento sobre os principais temas que afetam o agronegócio nacional, o parlamentar conclamou os colegas para uma ofensiva contra o “festival de boataria” que inunda as redes sociais, igualando produtores rurais a criminosos

“Quem produz para alimentar a Nação e sustenta a economia brasileira vem sendo injustamente acusado de pôr veneno na comida, porque utiliza defensivo agrícola na plantação. É vital parar essas notícias falsas”, alardeou.

Com um histórico de mais de 50 anos em liderança agrícola, Junji é integra a terceira geração dos Abe na agricultura. 

Ele criticou o uso do termo agrotóxico para definir produtos químicos destinados ao combate de pragas e ervas daninhas nas lavouras e lamentou que parcelas do agronegócio, como entidades representativas da agricultura familiar, insistam em apregoar que defensivo agrícola é veneno.

“Fazer esta associação errônea para atingir determinados grupos econômicos não produz nada de positivo e funciona como um tiro no pé. Só passa ao consumidor a ideia equivocada de que ele está comendo produto contaminado, levando-o a cortar itens do seu cardápio”, advertiu, ao observar que “gente mal intencionada” chega ao cúmulo de disseminar que “os recém-nascidos se alimentam de leite materno com veneno”.

Em defesa de medidas educativas para melhorar a atividade agrícola, Junji lembrou que um simples comprimido para dor de cabeça, usado sem orientação ou em dosagem inadequada vira veneno. 

“Mesmo sendo um medicamento aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), assim como ocorre com os defensivos agrícolas comercializados no mercado”, comparou.  

O deputado voltou a cobrar urgência na implantação de políticas públicas que contemplem pesquisas, assistência técnica e extensão rural direcionadas às diferentes culturas e às diversas regiões brasileiras. 

“A falta de ações eficientes agrava a negligência com a saúde pública, afetando todas as cadeias produtivas e, além disso, incentivando um clima de intimidação ao consumidor”, pontuou, acrescentando que o problema provoca a quebra da relação de confiança, comprometendo a sobrevivência dos produtores, especialmente os míni, pequenos e médios.

Na reunião da Capadr, realizada nesta quarta-feira (25/04/2018), Junji também apelou aos parlamentares ligados ao agronegócio que engrossem a guerra para combater a tributação de hortaliças e frutas in natura higienizadas ou minimamente processadas como se fossem produtos industrializados. 

O entendimento equivocado por parte dos órgãos governamentais, ligados ao setor de finanças, eleva significativamente os custos nas cadeias produtivas e faz o consumidor pagar de 30% a 40% mais caro por esses alimentos, como explicou Junji, que voltou à Câmara dos Deputados, em 21 de fevereiro último, retomando a mobilização contra a incidência de ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação em itens agrícolas frescos semielaborados ou prontos para o consumo.

“Um maço de couve, selecionado, lavado e colocado em saquinho plástico ou a cenoura higienizada, cortada e embalada com plástico filme na bandeja para venda ao consumidor, por exemplo, permanecem altamente perecíveis”, exemplificou Junji, evidenciando que não são produtos industrializados.

“Tributação pesada sobre a comida é uma prática que viola todos os princípios de combate às desigualdades sociais”, emendou. 

O processamento mínimo – como seleção, higienização, retirada da casca, fracionamento em porções menores e embalagem – não tira dos produtos hortícolas a condição de frescos, sem conservantes ou aditivos químicos, com durabilidade máxima de até sete dias e resfriamento simples, com temperatura não inferior a 1 grau centígrado, como reafirmou Junji, assinalando que os alimentos estão, portanto, aptos à isenção.

Junji contou ser do município paulista de Mogi das Cruzes (a 60 quilômetros da Capital), um dos maiores polos hortifrutigranjeiros do País, que detém a liderança no ranking nacional de produção de caqui, nêspera, cogumelos comestíveis e orquídeas, além de se destacar entre os maiores produtores brasileiros de agrião, alface e plantas ornamentais, assim como figurar como referencial brasileiro em tecnologia na horticultura. 

“Diante de tantas dificuldades e incompreensões enfrentadas pelos produtores rurais, sinto-me reconfortado não só por voltar à Câmara dos Deputados, mas por fazer parte desta comissão com parlamentares de diferentes estados, todos experientes, combativos e conhecedores profundos da importância da agropecuária para a sustentabilidade econômica, financeira, social e ambiental do Brasil”, discursou, manifestando o empenho em produzir, analisar e encaminhar todas as propostas em benefício da cadeia produtiva do setor agropecuário do Brasil.

Show

Recebido com muito carinho pelo 1º vice-presidente da Capadr, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), Junji foi convidado a comandar os trabalhos do colegiado, antes da discussão da pauta da reunião extraordinária. 

Com desenvoltura, o emedebista coordenou os pronunciamentos dos integrantes da comissão e elencou a indispensável atuação do colegiado no sentido de “ajudar na derrubada de obstáculos impostos à difícil tarefa de produzir alimentos no Brasil”.

Como exemplos, enumerou o grave episódio da carne fresca que manchou a exportação brasileira de proteína animal, como produtos bovinos e aves; o trabalho junto ao Senado Federal pela aprovação do projeto objetivando a autorização e licenciamento do queijo artesanal; e outros assuntos de relevância para o setor em nível nacional.

Intensamente aplaudido pelas oportunas intervenções, Junji provou por que foi indicado pela liderança do seu partido para integrar a comissão. 

Alvo de diversos elogios, vindos especialmente daqueles que não sabiam quem era o parlamentar, ele ouviu dos deputados que “um grande conhecedor do agronegócio brasileiro” chegara para enriquecer a Capadr.



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Mel Tominaga

Jornalista - MTb 21.286

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