Garçons dos deputados estaduais de SP recebem salário de mais de R$ 13 mil Premiados com aumentos ao longo da carreira, eles ficaram de fora do corte das gratificações salariais feito pela nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo, que assumiu com a promessa de economizar.

Por Pedro Durán
Plenário da Alesp
Crédito: divulgação/Alesp
Você já pensou em ter um salário de R$ 13 mil? E mais: ter folgas aos sábados domingos e feriados. Tudo isso pra trabalhar seis horas por dia servindo água, café e lanche para os deputados estaduais de São Paulo.

Esse emprego existe. Há mais de 20 anos. No gabinete da presidência da Assembleia Legislativa.

Antonio Loureidinho e José Raimundo Filho têm um salário bruto de mais de R$ 13 mil cada. 
Com os descontos, caem na conta pouco mais de R$ 10 mil por mês. Isso fora os benefícios como vaga na garagem, reembolso para gastos com saúde e vale refeição de R$ 800.

Segundo o Sintoresp, que representa mais de 300 mil profissionais de hotéis, bares e restaurantes, o piso salarial de um garçom ou copeiro é de R$1.136,00. 

Já a média salarial é de três vezes o valor bruto, cerca de R$ 3.400,00 - já incluindo a gorjeta - um quarto do que ganham os garçons dos deputados.

Raimundo, diz que por mais de 20 anos trabalhados, recebeu aumentos de salários. Tanto ele quanto Antonio, ou Toninho, ficaram de fora dos cortes de mais de 150 gratificações de servidores premiados.

‘Café, água, sirvo lanche... [tudo para os deputados?] Para as visitas, para os deputados, para os funcionários. [você e o Toninho?] Eu e o Toninho.
 [mesmo trabalho?] Mesmo trabalho. [é um bom salário?] Sim, eu não tenho nada a reclamar. 

Hoje se você entrar na casa você não tem o salário que você tem quando trabalha há 22 anos na casa. [e pra você é confortável isso?] Tá ótimo, não tenho nada a reclamar’, diz.

A deputada Beth Sahão, do PT, ficou surpresa com o salário e diz que o serviço é desnecessário.

‘Não é comum que haja salários desta natureza para uma função que, não desmerecendo os copeiros,  só que é complicado você pensar num valor de R$ 10 mil na Assembleia para uma função que às vezes não há nem necessidade de ter. 

Eu acho que nós podemos levantar, pegar o café, pode até eventualmente em alguns eventos, em alguns momentos muito específicos, você ter a necessidade de quem faça esse trabalho, mas eu acho que o cotidiano nossa aqui, dispensa essa atividade’, diz.

Já o deputado Raul Marcelo, do PSOL, prometeu pedir para a nova Mesa Diretora uma relação de cargos e salários, depois dos valores revelados pela CBN.

‘Todo nosso respeito aos copeiros, mas nem professor de Universidade Federal e nem general de quatro estrelas recebem isso. De fato tem uma distorção aí absurda e acho inclusive que caberia uma investigação em todos os cargos da Assembleia Legislativa, porque de fato é uma coisa assustadora.

 Tem um descompasso em relação à burocracia de Estado, no campo da pesquisa, das Forças Armadas e das outras áreas que nós temos no Brasil’, diz.

Em nota, a presidência da Assembleia disse que o corte das gratificações foi apenas o começo e que mais mudanças virão, e que a situação dos garçons vai ser avaliada.
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