Rodoanel - Leste - Suzano - Empreiteira do Rodoanel será autuada por irregularidades na obra



O Ministério do Trabalho, o sindicato da Construção Civil e as empreiteiras contratadas pela SPMar, empresa responsável pelo Trecho Leste do Rodoanel Mario Covas (SP-21), se reuniram ontem para deliberar as providências quanto aos problemas dos trabalhadores da obra. 
O ministério prometeu notificar e autuar a empreiteira em virtude de algumas irregularidades constatadas na construção.

O motivo do encontro é a paralisação de 120 funcionários contratados pela Marelli Engenharia, terceirizada na obra do Rodoanel.
 Em greve desde a última sexta-feira, eles reclamam da falta de pagamento e vale-transporte, condições de moradia e equipamento de segurança adequado. Os órgãos estiveram ontem pela manhã na obra para inspecionar as condições do local.

"Faremos hoje (ontem), às 15 horas, reunião com as empreiteiras para sair de lá com as soluções para todos os problemas levantados", garantiu o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, José Luiz Lázaro. Além de notificar a empreiteira Contern Construção e Comércio, que responde pela obra e contratou a Marelli, haverá autuação. "É passível de multa, mas não sei o valor porque não sou eu quem fixa o preço", explicou.

Segundo ele, a expectativa é que hoje já comece as adequações necessárias nos dois alojamentos - da Vila Barros, em Suzano, e em Jundiapeba, em Mogi das Cruzes -, nas dependências utilizadas pelos trabalhadores na obra, como a cozinha e banheiros, além das alterações previstas na própria construção. 
O presidente do Sindicato da Construção Civil (Sintramog), Josemar Bernardes André, prometeu acompanhar as mudanças.
"Qualquer problema, seremos a
visados pelos trabalhadores", alertou. Além do problema salarial, os órgãos, acompanhados por representantes das duas empreiteiras, vistoriaram as moradias. 
A de Vila Barros, antes da visita, passou por uma limpeza. Para o auditor do Ministério do Trabalho, o ideal é manter quatro funcionários em cada quarto. "Aqui, segundo os trabalhadores, tinham 17 pessoas para um banheiro", criticou.

No local, faltava armário para guardar mantimentos e as roupas, os colchões eram inapropriados e ele solicitou uma faxineira para a limpeza da casa, cuidar das vestimentas e preparar as refeições.
 Os operários optaram em fazer a própria comida ao invés de aceitar o marmitex, em função da qualidade. 
Em Jundiapeba os principais itens cobrados são os bebedouros, armários e a manutenção de limpeza.
SOLUÇÃO 
Durante a visita à obra e aos alojamentos, o gerente de contratos da Marelli, Fábio Luiz Muniz, afirmou que fez uma vistoria nos alojamentos há dois dias. 
"Tudo o que foi solicitado já foi providenciado. Vamos corrigir tudo imediatamente", prometeu. 

Já o engenheiro de segurança do trabalho da Contern, Emerson Emer, assegurou que não há falta de segurança no local nem equipamentos. "Problemas com equipamentos são sanados na hora. 
Em cada carro que vai às obras tem sempre material adicional. O que aconteceu é que um funcionário não tinha luvas adequadas, mas tudo será regularizado", afirmou, garantindo ainda que vai acompanhar de perto o desempenho da Marelli.

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